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Foto do escritorDr. Marco Fabio Coghi

MEU CÉREBRO CANSOU

Você sabia que a medida que a estafa mental progride, pode ocorrer perda de foco, atenção e memória?


Por Silvana Cracasso, MSc. Especialista em Estimulação e Reabilitação Cerebral.


Falhas na memória parecem ocorrer quando indivíduos normais estão fora de suas atividades rotineiras, ou cansados, ou quando solicitados a recordarem de informações não utilizadas recentemente, ou estão desconcentrados ou sob estresse. Entre as alterações mais referidas estão: nomes, onde foram colocados objetos, número de telefone que acabou de olhar e palavras.


Estas queixas passam a ter significado maior quando começam a interferir no seu cotidiano, sendo importante a comparação do seu desempenho atual com o do passado, ou com o dos amigos contemporâneos.


É importante saber em que fase você ou alguma pessoa próxima de você se encontra em relação a sua perda cognitiva, para você poder recorrer aos cuidados específicos de acordo com cada fase.

FASES DA PROGRESSÃO DAS DIFICULDADES COGNITIVAS*

FASE LEVE

1) Alterações de memória e concentração;

2) Dificuldade para encontrar nomes ou palavras;

3) Esquecimento rápido de algo recentemente aprendido;

4) Perda de objetos ou colocado em lugares errados


FASE MODERADA

1) Dificuldade na recordação do próprio endereço;

2) Dificuldade em saber em que mês e dia se encontra;

3) Dificuldade em realizar cálculos simples;

4) Necessidade de auxílio para cozinhar


FASE GRAVE

1) Necessidade de ajuda para a maior parte dos cuidados diários;

2) Rigidez muscular;

3) Engasgos frequentes;

4) Perde da capacidade de sorrir ou de sentar sem apoio


*Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos, Nitrini, R.; Ferretti, C.E.L


FALHAS NA MEMÓRIA

Se você sente que sua memória está prejudicada, tem a impressão que está com déficit na atenção e dificuldades em fazer as tarefas do dia a dia, deve recorrer a estratégias para reabilitar estes danos causados pela estafa mental ou perdas acarretadas por falta de cuidados adequados.


O chamado declínio cognitivo, é um déficit que pode causar perda de memória. Ele pode

ter origem na ansiedade, na depressão, em dificuldades para dormir e até mesmo em

síndromes de origem metabólica ou endócrina.


Sua origem também pode estar relacionada a lesões cerebrais causadas por um

traumatismo, exposição a produtos químicos ou tóxicos, casos de transtorno de déficit de

atenção e hiperatividade (TDAH), paralisia cerebral e até mesmo por conta de um

acidente vascular cerebral (AVC).


ENVELHECIMENTO CEREBRAL

melhorar a Neuroplasticidade neural, a capacidade do cérebro de formar e reorganizar não chega interferir nas atividades do dia a dia.


Em relação ao desempenho cognitivo como um todo, imagina-se que possa existir perdas progressivas, que vão desde o conjunto de perdas tênias, até quadros mais graves. O divisor de águas, é se essas perdas interferem na capacidade de executar as atividades de vida diária, chegando a perda da autonomia e da independência.


A detecção precoce do comprometimento cognitivo é essencial para traçar estratégias.

Intervenções precoces como estimulação das funções cerebrais, podem reduzir e mesmo interromper o declínio cognitivo e evitar possíveis implicações desconfortáveis na vida presente e futura.


melhorar a Neuroplasticidade neural, a capacidade do cérebro de formar e reorganizar não chega interferir nas atividades do dia a dia.


A intervenção cognitiva vem aparecendo em diversos estudos como uma das possibilidades mais promissoras no declínio cognitivo para prevenir ou retardar uma progressão para quadros demenciais.


O tratamento é desenvolvido de maneira multidisciplinar envolvendo profissionais de

diferentes campos, desde médicos, fonoaudiólogos até psicopedagogos.


O foco é trabalhar as limitações identificadas, a partir de estímulos que ajudem a

desenvolver as habilidades cognitivas.


O treinamento cerebral é baseado na premissa de que a estimulação mental pode

melhorar a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de formar e reorganizar

conexões entre suas células em resposta a novas tarefas.


AJUDE SEU CÉREBRO

Inúmeros estudos afirmam que o treinamento cerebral promove uma melhora cognitiva.

Um estudo publicado no PLOS One em 2013, descobriu que os jovens adultos que

participaram de jogos de treinamento cerebral demonstraram melhorias na velocidade

de processamento do cérebro, memória de trabalho e funções executivas.


Mas não são apenas jovens que podem se beneficiar do treinamento cerebral. Pesquisas

apresentadas na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer de 2016

afirmaram que idosos que participaram de dez sessões de treinamento cerebral de 1 hora durante um período de 5 semanas apresentaram 48% menos probabilidades de

desenvolver declínio cognitivo ou demência em 10 anos.


A expectativa é que o indivíduo possa melhorar a saúde mental, saúde emocional, sua

autoconfiança e consequentemente ter melhor qualidade de vida.


Portanto, não deixe o cansaço do dia a dia cansar o seu cérebro.


Busque torna-lo mais ativo... enquanto você pode.

Saiba mais

Brazilian Journal of Health and Biomedical Sciences (BJHBS) Vol. 7, n.1

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